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Quais são os passos para iniciar a inovação aberta no setor farmacêutico?

O conceito de inovação aberta, ou open innovation, é um conceito já presente em muitas empresas mundo afora. Há relatos de que foi Henry Chesbrough, líder estrategista e autor de um livro voltado ao assunto, que cunhou o termo. Desse modo, ao citar Henry para falar sobre o que essa tendência emergente envolve, “nenhuma inovação acontece de forma independente”.

O processo de inovação aberta consiste na cocriação de soluções aliadas a recursos e capacidades internas e externas de uma organização. Ao contrário da inovação fechada, ela busca interagir com um ecossistema de possibilidades para geração de valor e para a obtenção de vantagem competitiva. Com isso, surgem estruturas dinâmicas que, além de oxigenar a economia com novos produtos e modelos de negócio, ajudam as empresas já estabelecidas a manter o domínio de mercado.

Ao analisar âmbito farmacêutico, percebe-se um setor consolidado, tradicional e estabelecido em uma política de atuação. Por isso, os ciclos de mudança na área são mais longos e menos impactantes de forma geral, mas não deixam de ser fundamentais.

A inovação no varejo farmacêutico cresce de forma orgânica. Em paralelo, surge outro movimento financiado por empresas focadas em inovação, que levam soluções para esse setor. A vantagem é trabalhar um crescimento proativo em contraponto ao crescimento orgânico e reativo. Além disso, nota-se que as empresas conseguem potencializar as capacidades e recursos internos ao agir em rede ou em parcerias com outras organizações.

Nessa perspectiva, a inovação aberta é essencial para incorporação de tecnologias, geração de valor e obtenção de vantagem competitiva. Por isso, é interessante conhecer três passos para implementar um processo de inovação aberta no varejo farmacêutico:

1. Cultura organizacional direcionada para inovação:

Se a empresa não possui a inovação como um valor interno, não há como obter a inovação como resultado.

2. Estratégias bem definidas:

É preciso lançar mão de ações e políticas que tenham o cliente no centro do negócio, pois, se o fim for o faturamento e o lucro, os resultados serão momentâneos e a organização não vai conseguir se estabelecer, deixando de gerar valor em inovação.

3. Conexão com o ecossistema de inovação para investir e fazer parcerias:

Para empreendimentos, é necessário que essas conexões possibilitem gerar, estabelecer e capturar valor e, além disso, estabelecer relações com um mercado que promova vantagem competitiva.

Quando se fala em inovação aberta, a conexão entre os recursos e as capacidades internas e externas possibilita encurtar o caminho percorrido pela inovação fechada. Por meio do modelo de venture builder, é possível tornar esse conceito uma realidade no setor do varejo farmacêutico, ao mesmo tempo que os riscos presentes nos projetos diminuam.

O faturamento pode ser visto como uma consequência derivada da geração, do estabelecimento e da captura de valor quando as instituições conseguem empreender uma inovação com êxito.

É possível, com todo o processo, gerar ganhos materiais e imateriais, que podem ser quantificados e qualificados por métricas que vão além dos efeitos financeiros.

*Por Farma Ventures

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