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10 causas e 10 soluções para queda de cabelos

Na maioria das vezes, dá pra voltar a bater o cabelão. Ainda bem!

Queda de cabelos

(Foto: Istock)

Nada mais aflitivo do que olhar pra escova ou pro pente e ver aquele tufo enorme de fios em queda livre… Mas, afinal, quando é necessário se preocupar de fato com a queda de cabelos? A Associação Brasileira de Cirurgia de Restauração Capilar afirma que 25% das brasileiras entre 35 e 40 anos e 50% daquelas com mais de 40 anos sofrem com o problema. Sim, os dados são aterrorizantes mas, calma lá! Antes de entrar em desespero, saiba que cada caso é um caso.

“Existem queda de cabelos genéticas, as sem causa definida (eflúvio telogênico ou telogeno) e as endócrinas ou metabólicas (tireoide, doenças crônicas)”, afirma o dermatologista Murilo Drummond, da Clínica Murilo Drummond (RJ). Para todas as causas, há cuidados específicos. Portanto, diagnosticar é o passo prioritário antes de começar a cuidar.

A rotina das queda de cabelos
Você acorda, levanta e percebe muitos fios no travesseiro. Vai pro banho e o ralo parece um ninho de passarinho, e o mesmo vale para sua escova. Quando sai na rua, tem sempre uma amiga tirando um fio caído na sua blusa. Em média, caem cerca de 80 fios por dia dos 150 mil que temos na cabeça. Essa é uma média esperada. Quando esse número é ultrapassado, você provavelmente está com problemas.

Também vale ressaltar que a “vida” de um fio tem três fases. A primeira é o crescimento (com duração média de três a seis anos), a segunda é quando param de crescer (dois anos) e a terceira (três meses) é quando o fio está velho e fraco (e cai, crescendo outro em seu lugar. Dito isto, vamos às causas da queda!

  • Tá no sangue
    As causas hereditárias uma hora ou outra vão bater na sua porta. E não tem jeito, a genética é algo inevitável. O jeito é remediar.

O que fazer: segundo Murilo, pode ser tratada com medicamentos locais, à base de minoxidil − um fármaco que amplia a fase de crescimento do cabelo − e orais, com finasterida, um dos mais conhecidos remédios para calvície.

  • Alterações hormonais
    É batata, se há deficiência hormonal, lá vem a queda de cabelos na sequência. Isso porque quando há irregularidade em certas glândulas endócrinas (como tireoide, suprarrenal e hipófise), os folículos capilares sofrem com a falta de chegada de nutrientes.  Geralmente, mulheres que acabaram de virar mamães sofrem uma readequação hormonal que pode também gerar uma visível queda. Nesse caso, a readaptação pode levar alguns meses.

O que fazer: busque um médico endocrinologista para regular os hormônios.

  • Anemia
    Essa doença implica na fragilidade dos cabelos. Com ela, vem a diminuição de ferro em nosso organismo. Esse mineral nunca pode faltar em nosso organismo. Além da queda dos fios, também provoca falta de ar, mal-estar, dor de cabeça, fraqueza e cansaço.

O que fazer: para lutar contra a anemia, deve-se forçar uma dieta enriquecida de ferro. Aposte em carnes vermelha, feijão e vegetais verde-escuros.

  • Alopecia areata
    Esse nome esquisito é de uma doença autoimune bastante estranha: são áreas arredondadas do nosso couro cabeludo que ficam carecas. Pavoroso, né? Isso acontece porque o nosso próprio sistema imunológico destrói tecidos saudáveis. Mais comum em jovens de até 20 anos, pode ser tratada com cremes e injeções de corticoides. A causa dessa doença é desconhecida.

O que fazer: um dermatologista poderá recomendar medicação como esteroides, anti-inflamatório ou imunossupressora, que reduz a resposta imunológica.

  • Alimentar
    Não tem jeito. Quando fazemos alguma dieta restritiva de grupos de alimentos, podemos até eliminar alguns quilos, mas acabamos prejudicando nosso corpo com a falta de nutrientes. E os cabelos são um dos pontos afetados, pois o folículo demanda uma grande quantidade de minerais (principalmente o ferro) para nascer. Daí vem a queda e aquele fio mais “ralinho”.

O que fazer: o mais indicado é buscar uma dieta saudável, com carboidrato, proteína e mineral, e também reforçar a ingestão de vitaminas do complexo B e C, zinco e ferro.

  • Estresse
    Se você estiver passando por uma crise de estresse ou ansiedade, saiba que seu corpo está utilizando mais energia para funcionar do que o normal. Isso implica numa grande perda de vitaminas e minerais, o que causa a queda. Aqui, ela pode ser severa, viu?
  • Fatores externos
    Secador, chapinha, banho quente e penteados podem prejudicar quem já tem tendência a cabelos frágeis. No caso do calor, geralmente há uma formação de bolhas de ar dentro do fio. E daí é que vem a queda. Mas também pode vir da água quente, que retira o sebo que tem função de proteção do couro cabeludo. Já nos penteados a questão é a força usada para prender os fios. Rabo de cavalo ou coque muito tente à cabeça acabam tencionando o fio, o que pode gerar a quebra ou (pior ainda) uma inflamação no folículo capilar.

O que fazer: a saída para ambos os casos (tensão ou calor) é reduzir a agressão externa e deixar o cabelo “descansar” por longos períodos, evitando uso de secador, chuveiro e chapinha a altas temperaturas.

  • Oleosidade
    Sim, oleosidade excessiva pode causar queda, pois ela facilita a proliferação de fungos, causa coceira e descamação do couro cabeludo.

O que fazer: reduza o intervalo de lavagem. “Evite grandes fricções, lavando com delicadeza e evitar banhos muito quentes e prolongados, além de só usar xampus indicados pelo médico especialista”, explica Murilo.

  • Medicamentos
    Alguns remédios podem afetar nossa saúde capilar. Alguns deles são antidepressivos, anti-hipertensivos, antibióticos e anabolizantes. O pior deles é o antidepressivo, pois ele fragiliza e interrompe o ciclo de vida do fio.

O que fazer: converse com seu médico. Ele pode ou mexer na dose ou recomendar outro tipo de substância.

  • Abuso da química
    Alisamentos, descoloração, coloração…quem faz química deve saber que o fio tende a ficar mais fraco. Ele perde sua massa capilar. Esse é um caso em que não há a queda propriamente dita, mas o corte químico.

O que fazer: o tratamento, reconstruções e fortalecimento do fio é imprescindível antes de bombardear as madeixas com mais química.

Cuidados extras para evitar a queda de cabelos
Alguns tratamentos são indicados para estimular o crescimento de novos fios. Um deles é a mesoterapia, um microagulhamento indicado para quem sofre queda de cabelos. “A mesoterapia fará estimulo mecânico pelo trauma da agulha e melhora da circulação”, explica  Luciana Labouriau, dermatologista da Clínica Murilo Drummond (RJ). O processo com duração de 20 minutos é levemente doloroso, mas suportável. São de 5 a 10 sessões semanais.

“O resultado depende do estímulo do pelo que demora a crescer, então não é imediato. O paciente tem que ter noção da expectativa para aguardar o efeito. Até porque a ansiedade de ver resultado piora alguns casos de queda”, avisa Luciana.

Algumas pessoas também têm usado a latanoprosta como tratamento. Trata-se de uma loção com uma substância usada em colírios para tratar glaucoma. Aparentemente, a loção faz crescer novos fios, permite que os fios em fase de crescimento continuem crescendo e evita a queda. Mas nada disso é comprovado cientificamente. Está mais para um “acidente científico”, pois quando usado como colírio, as pessoas perceberam crescimento nos cílios.

Fonte: Revista Glamour (por GEIZA MARTINS)







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